o tempo és tu a passar
semanas passam como tu
a espera conta-se pelos dedos dos palmos que te vão dar
há arranha-céus que esgravataram a terra para interceder por mim
e tu nem assim foste ao túnel comigo
comi a fruta mais áspera
contraí um cancro com seu caroço para que fosses sã
e tu lambeste toda a sobremesa como se eu não tivesse direito ao que
sobrou da solidão
semanas passam como tu
não dás fé do meu rosário e no fascínio que por mim vai chapinhaste um espelho de poças
podiam ser uma interjeição mas em vez disso são água
sou o espelho turvo que te dá em troca
perdeste a importância do amor-próprio por não perceberes que só somos
o que os outros amam
semanas passam como tu
o tempo és tu a passar
Poema do livro "o amor és tu" de João Negreiros,
à venda em livrarias e em http://www.saidadeemergencia.com
simplesmente íntimo o suficiente para serem as palavras que traduzem minhas emoções e inquietações ou de um outro ser qualquer!
ResponderEliminarmuito bom!
um abraço Maria João
Sensacional, João.
ResponderEliminarSou capaz de o partilhar no meu blogue...
Dispersamente...
um abraço...
Podes partilhar à vontade, é uma honra.
EliminarGrande abraço e obrigado pelo apoio,
João Negreiros
Boa tarde João.
ResponderEliminarSublime!!Gostei mesmo!!
B.f.semana
beijo